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Há dias, o Dr. Soares falou. Em boa verdade fala todos os dias, mas no dia a que me refiro disse assim: “O PS tem de ser refundado de alguma maneira, tem de ser melhorado, tem de discutir política a sério e tem de ter política a sério e grandes ideias para o futuro".
Palavras sábias depois das jericadas dos últimos anos. Já tive oportunidade de falar disso e elogiar o Dr. Soares por ser o primeiro socialista importante a reconhecer que a política dos últimos anos do PS não foi séria. Mas hoje surgem as primeiras notícias da ressaca daquelas afirmações.
Muita gente não gostou de as ouvir e, ou engoliu em seco, ou fala, entre dentes apenas, das “asneiras” e dos “disparates” do Dr. Soares - não é que não seja especialista em asneiras e disparates, mas desta vez acertou na mouche. Claro: há sempre quem não consiga fechar o óstio bucal e escancara o trombone para debitar inconveniência e alarvice. Por exemplo quem? Não! Não estou a falar da Dr.ª Ana Gomes, não senhor. Podia ser ela, mas não foi. Refiro-me ao incontornável, inefável, inevitável e incomparável Lello.
Diz Lello, um dos mais fervorosos e activos apoiantes dos governos do Zézito: “O PS não precisa de refundação porque nunca se afastou da sua matriz”. Registo, pesaroso, que a prática do Zézito incarna a matriz do PS. Isto é, todo aquele palavreado de partido responsável, sério, honrado, patriótico e solidário foi materializado nas borradas do Zézito. É bom ouvirmos atentos e tomar boa nota para orientação futura. A matriz do PS são as artes malabares do aramista Zézito.
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