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Há 360 anos, Johannes Kepler formulou a teoria de que a melhor maneira de arrumar um conjunto de esferas com o mesmo diâmetro, era dispô-las em pirâmide, como fazem os comerciantes de laranjas e se fazia com as balas de canhão dos antigos navios. Em 1998, o matemático Thomas Hales estudou a matéria, convenceu-se que tinha conseguido demonstrar cientificamente a teoria de Kepler e submeteu o seu trabalho à apreciação da comunidade mundial, incluindo matemáticos ilustres.
Esperou seis anos, findos os quais um painel de especialistas que trabalhou cinco anos no problema, com assistência de muitos e sofisticados computadores, declarou urbi et orbi que não tinha encontrado erros na prova apresentada por Hales, mas não ficara com a certeza de que a teoria de Kepler fosse correcta.
Curiosa história esta, que merecia mais divulgação, especialmente entre cultores de algumas ciências, umas mais ocultas que outras, mas todas igualmente não exactas, como a Politologia, a Economia, a Sociologia e outras parecidas de que não me lembro agora, nem interessa. Falo nelas porque vivemos nesta terra que foi nosso berço em era política opinativa de ponta, com emissão intensiva de previsões sociais e políticas complexas e muito mais difíceis de provar que a teoria de Kepler. Acabei agora mesmo de assistir ao programa “Eixo do Mal” e fiquei empanturrado! Uf!...
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