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Fernando Nobre deu uma entrevista: a primeira, depois de abandonar a Assembleia da República. Estávamos todos ansiando a palavra de Nobre e Nobre falou. Finalmente!...
E que diz Nobre? Coisas preciosas. Por exemplo: “Os que pensavam que eu estava à procura de um tacho enganaram-se”. Claramente, digo eu! Nobre não queria um tacho, para usar a linguagem erudita do personagem. Ou melhor, Nobre não queria um tacho qualquer. Assim é que é. Tacho já ele tem na AMI. Nobre queria um tacho com importância. Primeiro quis ser Presidente da República, mas não deu. Pena, mas não deu. Consentiu, então, em baixar a fasquia um nadinha. Segunda figura da República? Aceitava.
Mas as coisas complicaram-se imprevistamente. O CDS não apoiava figuras conotadas com a Maçonaria. O PSD titubeava. Os maçons do PS dividiam-se. Um drama! Primeira votação, 106 votos. Segunda votação, 105. Um fiasco. A fífia e a saída pela porta do fundo.
Nobre não esmorece. O estadista Nobre está no Brasil, mas fala urbi et orbi: “A Europa está em crise. Há risco de derrocada do projecto europeu, por falta de liderança. Poderão vir aí crises sociais muito graves”. E porquê?
Nobre explica: "Quando os grandes pensadores, os politólogos dizem ser necessária a participação de novos actores na vida política, pese embora esses discursos, o caso é que quando um desses actores se levanta para contribuir, como foi o meu caso, pude constatar que esse novo actor não é bem visto pela classe política tradicional". Voilá! Um “paradoxo” que o “perturbou um pouco”. Não muito: só um pouco. Mas Nobre não desiste facilmente: vai continuar a acompanhar atentamente tudo o que se passa neste País e no mundo.
Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão? Pergunto com o maior respeito pelo sapateiro.
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