Trump "despede" a onda que ameaça submergi-lo
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Não sou especialista em
Direito e, com a
idade, sou cada vez menos especialista do que quer que seja, além de "ideias
gerais" — e já não é pouco! Mas sempre ouvi dizer que os poderes executivo
e judicial devem estar separados.
Nos Estados Unidos, o Director do FBI, Polícia Federal de
Investigação, é nomeado por dez (10!!!)
anos pelo Presidente da República, depois de cumpridas formalidades no Senado
e, não tenho a certeza nem interessa muito, na Câmara de Representantes. Goza
de um estatuto ligado à Justiça. Nixon demitiu-se na sequência de investigações feitas
pelo procurador especial Archibald Cox sobre o assalto à sede do Partido Democrata pelos republicanos, por exemplo. Nixon demitiu-o mas acabou por renunciar ao cargo um ano depois, em 1974.
Serve o explanado — se não estiver errado — para
dizer que
Trump não pode ou, pelos menos não deve, demitir o Director do FBI quando este
investiga a ingerência da Rússia na campanha eleitoral de Trump para,
alegadamente, o favorecer. Aliás, se Trump tem a consciência limpa quanto a
isso, até deve agradecer. Mas não: da noite para o dia, corre com Comey de
forma que nem à "mulher a dias" se faz. A coisa não augura nada de
bom. Não sou americano, nem conheço Comey de lado nenhum, mas dá para
preocupar. É que os Estados Unidos não são o Principado de Mónaco, nem a
República de San Marino — são a maior potência do mundo e estão nas mãos de um
oligofrénico, com corte de cabelo pior que Kim Jong-un. Valha-nos a Senhora dos Aflitos porque mais ninguém o pode fazer!
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