sábado, 19 de junho de 2010

GOLFO DO MÉXICO

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Dezenas de milhares de barris de petróleo são lançadas diariamente na água do Golfo do México, calamidade sem precedentes na região. Não se espera solução da BP para a desgraça antes de Agosto. Que dizer? Que fazer?
Digo que é caso para ficar com a fralda molhada e Obama já anda com a fralda molhada enquanto fala grosso para a BP, sem adiantar nada com isso. E, quanto a fazer, é altura de pensar em soluções de desespero. Kennedy enfrentou a crise dos mísseis soviéticos em Cuba - não sei se molhou a fralda, mas enfrentou - e Obama está confrontado com uma alternativa quase com igual dificuldade. Dizem-lhe alguns especialistas que a detonação controlada de um engenho nuclear na proximidade do buraco provocaria calor bastante para fundir a rocha e pôr uma rolha no furo. É de cair de cauda!...
A radiação da explosão controlada terá muito menor duração que a de um acidente nuclear e a água é barreira muito eficaz. A União Soviética usou a arma nuclear em 1960 para fechar uma fuga de gás, mas diz-se que tomar a União Soviética como exemplo de cuidados ambientais é como ter lições de bailado com uma girafa.
Contudo, o problema maior é de ordem política. Já se viu o Presidente, com a melhor retórica anti-nuclear de sempre e do mundo, mandar rebentar a bomba atómica ali ao lado, no Golfo do México? Deus nos valha - o fim da picada!
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