
O primeiro calendário terá aparecido na Babilónia há 5.000 anos, baseado em fenómenos cíclicos da natureza, como as estações do ano, as fases da Lua e por aí fora. A medição do tempo durante um dia só foi feita cerca de mil anos depois pelos egípcios, com o relógio de sol: a posição da sombra do ramo horizontal de um instrumento em forma de T indicava a hora. Houve depois inúmeras variações deste princípio.
Há 3.500 anos, surgiram as clepsidras, em que o tempo era medido pela quantidade de líquido escoado através de pequeno orifício - coisa muito tosca ainda. Por essa altura usou-se também a duração de combustão do incenso, que arde de forma quase uniforme,

Os relógios de areia, baseados no mesmo princípio da clepsidra, eram pouco melhores e foram usados do Século XIV ao Século XVIII. O grande progresso na cronometria, contudo, consistiu na invenção do relógio de pêndulo por Christiaan Huygens, em 1656. Tinha o inconveniente do grande volume e não ser portátil. Por isso, Huygens substituiu o pêndulo por outro regulador do movimento, um pequeno dispositivo em espiral que controla o balanço e regula o modo como a mola da “corda” se desenrola. Estava descoberto o relógio individual.
Entretanto, a navegação marítima vivia dificuldades pela impossibilidade de determinar correctamente a longitude. O relógio de Huygens permitia conhecer a hora de Greenwich ao meio dia solar do local onde estava a embarcação, e

Esta é a razão de toda a “palha” anterior – é que faz hoje 203 anos que morreu Ferdinand Berthoud, o homem que, com John Harrisson, ganhou o prémio. Criou um relógio com compensadores para a dilatação térmica e algumas peças foram substituídas por pedras preciosas, como a safira e o rubi, resistentes ao desgaste. Depois de exaustivos ensaios, foram fabricados milhares de exemplares para responder aos pedidos das frotas de todo o mundo e, em menos de um século, a totalidade dos mares foi coberta por cartas marítimas. Abençoado Berthoud!
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