domingo, 4 de julho de 2010

DOUBLE O... ZERO


Alguns países têm tiques. Por exemplo, essa coisa de espiões e espionagem. É uma fé, prontes.
Veja-se a alegada rede russa agora “desmantelada” nos Estados Unidos - estava lá há 20 anos e, tudo visto e respigado, não tinha feito nada; de tal modo que são apenas acusados de estarem ao serviço de outra nação sem o terem declarado às autoridades americanas, e de lavagem de dinheiro.
Mas tinham senhas imaginativas para identificar pessoas, falavam em código - não melhor que Sócrates com Vara – trocavam mensagens escritas com tinta invisível, e provavelmente aos sábados à noite usavam bigode postiço! Perfeito!...
E o amadorismo não era só dos protagonistas. Uma das mensagens enviadas de Moscovo e interceptada pelo FBI, rezava mais ou menos assim: “Foram mandados em serviço de longo prazo..., e a vossa principal missão é procurar e estabelecer ligações com círculos políticos, e enviar relatórios para a «Central»”. É verdade! - Grande «Central» que gasta papel, tinta invisível, bits, ondas hertzianas, ou o que quer que tenha sido, para dizer estas coisas aos seus agentes. É como dizer ao guarda-freio que não se esqueça de entrar para o eléctrico quando for trabalhar.
A Rússia tem mesmo perfil de cultivar este género de pessegadas; mas outros grandes países devem fazer parecido. A China, por exemplo, tem no Reino Unido o maior número de espiões, logo a seguir à Rússia, diz o MI5. O que o MI5 não diz é quantos espiões o Reino Unido tem na China.
São todos uma ternura e vêem mais filmes do que deviam.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário