sexta-feira, 2 de julho de 2010

MATÉRIA NEGRA


Quando à noite olhamos o céu, vemos pequenos pontos de luz - estrelas, e eventualmente um ou outro planeta iluminado - e o enorme espaço onde flutuam esses astros que achamos ser o vazio; mas não é! Tal “vazio” é matéria e energia invisíveis a que, por falta de melhor designação, chamamos matéria negra: corresponde a cerca de 90% do universo.
Se não detectamos nada, porque se diz ser aquilo matéria e energia? A verdade é que tal matéria e energia não compreendem nem emitem energia electromagnética, que inclui a luz, e não impressionam os detectores usados em Astronomia, sejam telescópios ópticos ou de outra natureza. Mas o comportamento dos corpos celestes só pode ser compreendido se existir uma força gravitacional gerada por essa matéria que não vemos, constituída por partículas que não conhecemos; mas que conheceremos um dia que pode estar próximo. E a energia negra, provável responsável pela expansão permanente do universo, distribui-se uniformemente no espaço e no tempo, ou seja, não é diluída pela expansão universal.
Da investigação em curso no acelerador de partículas do CERN, em Genebra, espera-se justificadamente resposta para as questões levantadas pela matéria negra, nomeadamente a identificação e natureza das suas partículas. Tenho grande esperança nisso.
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