Inês Pedrosa é colunista do “Expresso” e, embora isso felizmente não lhe cause mossa, não faz o meu género. Mas diz coisa com coisa... às vezes. Esta semana, publica um artigo sobre João Zilhão e, a ser exactamente como conta, a matéria é escandalosa.
O português Zilhão dirigia a equipa que em 1998 descobriu o menino do Lapedo, esqueleto com cerca de 25 mil anos, exemplar fóssil do homem de Neandertal. Em Janeiro publicou o resultado da investigação que demonstra a identidade, do ponto de vista cognitivo, dos neandertais com o homem actual. João Zilhão é dos mais citados, prestigiados e premiados arqueólogos do mundo. Em 2003, ganha um prémio da Fundação Humboldt para trabalhar um ano na Alemanha, numa instituição científica à sua escolha. Em 2005, propuseram-lhe o concurso a um lugar na Universidade de Bristol, onde está desde então como professor catedrático.
Pois em 2002, o Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa preteriu-o na elevação a professor associado e, em 2003, proibiu-o de fazer provas de agregação por considerar que não tinha nível científico para tal. Recorreu da decisão para tribunal em ambos os casos e foi-lhe dada razão; mas só em 2009!...
Falo com a reserva de conhecer o caso apenas pelo que li na crónica da jornalista. Mas não me custa acreditar que seja exactamente como relatado. A Universidade Portuguesa é bafienta quanto baste para dar lugar a estas situações. Como dizia o saudoso Professor Miller Guerra, é ainda coimbrã e napoleónica.
O português Zilhão dirigia a equipa que em 1998 descobriu o menino do Lapedo, esqueleto com cerca de 25 mil anos, exemplar fóssil do homem de Neandertal. Em Janeiro publicou o resultado da investigação que demonstra a identidade, do ponto de vista cognitivo, dos neandertais com o homem actual. João Zilhão é dos mais citados, prestigiados e premiados arqueólogos do mundo. Em 2003, ganha um prémio da Fundação Humboldt para trabalhar um ano na Alemanha, numa instituição científica à sua escolha. Em 2005, propuseram-lhe o concurso a um lugar na Universidade de Bristol, onde está desde então como professor catedrático.
Pois em 2002, o Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa preteriu-o na elevação a professor associado e, em 2003, proibiu-o de fazer provas de agregação por considerar que não tinha nível científico para tal. Recorreu da decisão para tribunal em ambos os casos e foi-lhe dada razão; mas só em 2009!...
Falo com a reserva de conhecer o caso apenas pelo que li na crónica da jornalista. Mas não me custa acreditar que seja exactamente como relatado. A Universidade Portuguesa é bafienta quanto baste para dar lugar a estas situações. Como dizia o saudoso Professor Miller Guerra, é ainda coimbrã e napoleónica.
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