quinta-feira, 12 de abril de 2012

"THE UNSINKABLE"

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(Clicar nas imagens para ver maior)
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Aproxima-se o centenário do naufrágio do “Titanic” e a comunicação social está cheia de notícias, memórias, artigos, relatos e teorias sobre a tragédia e suas causas. Tim Maltin é um inglês dedicado à matéria, com três livros já publicados. Maltin tem uma teoria plausível para explicar algumas das coisas que aconteceram. Comecemos pelo princípio.
No dia 3 de Janeiro de 1912, pouco mais de três meses antes da colisão do navio com o iceberg, a Terra passou no ponto mais próximo do Sol da sua órbita (ver figura). No dia seguinte, a Lua estava colocada no ponto mais próximo da Terra, no lado oposto ao do Sol. Esta conjugação de fenómenos celestes provocou marés altíssimas, incluindo a Gronelândia. Alguns icebergs destacados do Glaciar Jakobshavn, que se encontravam encalhados, destacaram-se por esse motivo e, a flutuar, apanharam a Corrente do Labrador, rumando a Sul. Essa foi a razão porque foi lançado o alerta à navegação sobre a presença de icebergs na área do “Titanic”, que o navio recebeu.

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Por outro lado, no local do abalroamento,  as águas frias da Corrente do Labrador entravam numa área previamente aquecida pela Corrente do Golfo, o que tem como consequência a inversão térmica na atmosfera, com ar frio e mais denso na superfície e mais quente e menos denso por cima. Por razões físicas, esta condição cria desvios da luz, distorcendo constantemente objectos distantes, e fazendo-os também parecer mais próximos. São miragens com o mesmo mecanismo das miragens nos desertos (ver figuras em cima).
Isto pode explicar porque, numa noite clara, os vigias não viram o iceberg à distância e só o avistaram em cima do momento da colisão. E também porque os tripulantes do navio “Californian”, que se encontrava a 10 milhas,  não se aperceberam que estava em causa um enorme paquete – o maior do mundo na altura – e não entenderam os sinais dos foguetes, nem os sinais do morse luminoso – o “Californian” não tinha telegrafista de serviço durante a noite. Adicionalmente, o capitão avaliou mal a distância que o separava do “Titanic”, em consequência da ilusão óptica referida, estimando-a em 5 milhas, quando na realidade era o dobro.
Tim Maltin prossegue as suas investigações, agora em colaboração com universidades americanas. E, tanto quanto parece, a sua teoria tem pés para andar.
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