sexta-feira, 6 de abril de 2012

O FIASCO REVOLUCIONÁRIO

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Charles Moore é licenciado em História pelo Trinity College de Cambridge e jornalista. Escreve hoje um belo artigo no site da BBC, intitulado “A society that persecutes Christ is heading for terrible trouble”. O texto não tem dimensão para caber no estreito espaço dum post de blog, mas diz essencialmente o que segue.
Em 1990, Margaret Tatcher escreveu: “Em 2000 anos, não foi possível à sociedade excluir ou eliminar Cristo da vida política ou social sem consequências políticas ou sociais terríveis”. No Século XIV, Ibn Khaldun, historiador e político muçulmano, terá dito: “A religião, ensinada por um profeta ou um pregador da verdade é a única fundação sobre a qual se pode construir um grande e poderoso império”.  
Nenhum dos dois se pronunciou sobre a validade ou verdade do que os pregadores religiosos dizem, embora muito provavelmente acreditassem. Também não disseram que a religião, representada por uma igreja por exemplo, deve assumir o poder político. Expressaram, isso sim, o conceito contido na parábola da casa construída sobre a rocha e da casa construída sobre a areia. E olhando para o mundo, aconselharam a construir a casa sobre a rocha.
Depois, Moore chama a atenção para exemplos da História. Os nazis repudiaram o Cristianismo e as revoluções francesa e russa fizeram o mesmo. Todos perseguiram os crentes. Provavelmente estavam certos quando falavam dos abusos do poder da Igreja; mas todos erraram na avaliação do que fazem os homens quando a ordem que tem o Cristianismo como suporte subjacente é destruída: como disse Tatcher, as consequências foram “terríveis”. Mais precisamente, foi o terror.
É verdade - digo eu. A sociedade é uma organização sedimentada ao longo de séculos de tradição e cultura, demasiado complexa e instável para poder ser mudada por decreto. Os pequenos “encontrões” desencadeiam terramotos. Os grande resultam em enormes desastres sociais. Viu-se.
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Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as observa, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
Evangelho segundo São Mateus.
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