sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

ENSAIO SOBRE ESPINGARDALOGIA

A Ministra da Justiça, que não se afigura grande espingarda, antes escopeta de pederneira de carregar pela boca, disse hoje que receia ver encolher o limite da separação de poderes, caso o PS ganhe as próximas eleições. E em abono da teoria, lembrou a intenção do PS de juntar a justiça e a segurança, de constituir uma polícia única e as declarações de Mário Soares, fundador do PS, a condicionar claramente um magistrado.
Jorge Lacão, dirigente socialista que não é sequer escopeta de pederneira, apenas canhangulo, também chamado esperapoco, apressou-se a dizer aos jornalistas que Mário Soares não é dirigente do PS, por isso as afirmações que faz são da sua responsabilidade.
Soares não tem lugar na hierarquia da espingardalogia—é anterior ao canhangulo, ou esperapoco. Em boa verdade, o Dr. Soares, intelectual e politicamente, não passa duma clava ou porrete—mais porrete que clava: nem Lacão o leva a sério. 
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