sábado, 7 de fevereiro de 2015

MORRER DA CURA

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A Ilha de Páscoa, com 170 km2, situada a 3.600 km da costa do Chile (a que pertence), famosa pelas estátuas gigantes (moais), terá começado a ser habitada perto do ano 1200 e a população atingiu o número de cerca de 15.000 habitantes numa fase curta da sua História. Descoberta por um holandês em 1722, tinha nessa data população muito inferior que desapareceu completamente até 1860. Porquê?
A extinção da população pascoense foi provocada, em parte, pela chegada dos europeus com doenças como a varíola, a sífilis e a tuberculose; mas não só. O declínio demográfico já vinha de trás e era resultado da fome. Cultivando intensivamente a terra para alimentar o excesso populacional, os indígenas esgotaram os solos. Quando o holandês Jakob Roggeveen lá chegouem 1722já a população estava reduzida a 2.000. O abate intensivo de árvores, necessárias para instalar os moais, também ajudou. As doenças importadas da Europa fizeram o resto.
Alguma megalomania estatuária não foi grande ideia. Mas, paradoxalmente, foi a luta pela sobrevivência que matou os pascoenses—morreram da cura! 
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