quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O BOMBISTA

.
Conta-se que Ferreira do Amaral, comandante da Polícia Cívica de Lisboa ainda durante a Primeira República, quando tomou conhecimento de que um conhecido, afamado e temido bombista—dos muitos que na época se dedicavam a tal desporto—tinha sido detido, mandou que o trouxessem à sua presença para o ver e eventualmente interrogar. Quando o facínora apareceu, Ferreira do Amaral olhou bem para ele, não se conteve e perguntou: Essa merda é que é o bombista? Depois terá coçado a cabeça e dito: Mandem o gajo embora. E pô-lo em liberdade.
Não sei se a história é verdadeira e, em caso afirmativo, se foi exactamente assim, mas não interessa. Falo nela porque me foi contada quando comentava com um familiar o facto do juiz Carlos Alexandre se ter abstido de fazer qualquer participação contra o Mário Soares, depois deste ter mandado mais uma bomba.
Soares é o bombista verbal de serviço na actual situação política. O juiz Carlos Alexandre conhece-o bem e, pelo visto, tem dele a mesma opinião com que Ferreira do Amaral ficou depois de ver o outro bombista.
Fico decepcionado se alguém se dá ao trabalho, Procuradora-Geral incluída, de tomar qualquer atitude em relação às bacoquices do Dr. Soares que tem passado toda uma vida a dizê-las—desde o tempo que usava bibe.  
.

Sem comentários:

Enviar um comentário