Na sua maioria, os
comentários publicados por leitores nos jornais online são chachadas. Uma vez
por mês—talvez menos—lê-se um aproveitável. É o caso do que a seguir se
transcreve, publicado no "Observador", a propósito dum artigo sobre
os partidos socialistas, de Helena Matos. O autor assina Manuel Gonçalves e reza
assim:
AC (António Costa) traiu, esfaqueou vilmente AJS (Seguro) depois de este obter uma vitória eleitoral,
com dois argumentos principais:
– AJS não tinha ideias próprias (só seis e meia seriam novas);
– AJS não descolava nas sondagens e não teria carisma.
Chegado a SG do PS, AC:
– não balbucia uma única ideia;
– mostra-se disponível para qualquer arranjo político futuro, da esquerda à direita, numa tergiversação nunca vista;
– tira da cartola candidatos presidenciais a um ritmo de prestidigitador;
– não descola nas sondagens que, ironicamente, teimam em manter-se ao nível de AJS.
Síntese:
– um candidato sem coragem, que deixou para AJS os perigos de um prolongado período de oposição e entrou na maratona no último km, com um encosto ao companheiro de equipa, alegando que estava mais fresco (pudera);
– um indivíduo sem palavra, que esqueceu tudo o que disse nas diretas e em público a AJS, sendo comoventemente magnânimo e benévolo no critério que aplica a si próprio, pois já não há urgência na proposição de ideias ou em sondagens expressivas e muito menos na coerência;
– abandono total dos eleitores lisboetas, que lhe confiaram o voto para um mandado de quatro anos.
Quando final e tardiamente a sua equipa de crânios apresentar um programa de governo, não lhe bebam as palavras, nem leiam os lábios, porque já teve o cuidado de vos demonstrar que, com ele, tudo é circunstancial e orbita em torno do seu projeto político pessoal.
– AJS não tinha ideias próprias (só seis e meia seriam novas);
– AJS não descolava nas sondagens e não teria carisma.
Chegado a SG do PS, AC:
– não balbucia uma única ideia;
– mostra-se disponível para qualquer arranjo político futuro, da esquerda à direita, numa tergiversação nunca vista;
– tira da cartola candidatos presidenciais a um ritmo de prestidigitador;
– não descola nas sondagens que, ironicamente, teimam em manter-se ao nível de AJS.
Síntese:
– um candidato sem coragem, que deixou para AJS os perigos de um prolongado período de oposição e entrou na maratona no último km, com um encosto ao companheiro de equipa, alegando que estava mais fresco (pudera);
– um indivíduo sem palavra, que esqueceu tudo o que disse nas diretas e em público a AJS, sendo comoventemente magnânimo e benévolo no critério que aplica a si próprio, pois já não há urgência na proposição de ideias ou em sondagens expressivas e muito menos na coerência;
– abandono total dos eleitores lisboetas, que lhe confiaram o voto para um mandado de quatro anos.
Quando final e tardiamente a sua equipa de crânios apresentar um programa de governo, não lhe bebam as palavras, nem leiam os lábios, porque já teve o cuidado de vos demonstrar que, com ele, tudo é circunstancial e orbita em torno do seu projeto político pessoal.
Mais palavras
para quê?
.
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