O "Expresso" desta semana inclui a história da
amizade do Zezito com o generoso amigo Santos Silva e, a respeito do trabalho
do primeiro na Câmara da Covilhã, diz assim em dado passo:
[...] “O Zé entrava às nove da manhã e saía às cinco da
tarde, como qualquer funcionário público, mas a verdade é que passava os dias
ao telefone”, recorda Carlos Lança, de 56 anos, técnico na autarquia naquela
época. “Pouco trabalhava.”
Com um bacharelato de quatro anos em Engenharia Civil
tirado no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, José Sócrates consegue
um emprego no Estado com a ajuda do pai, Fernando Pinto de Sousa, um conhecido
arquiteto da Covilhã, mas o entusiasmo com o ofício é pouco ou nenhum. O
emprego parece ser meramente instrumental. Dá-lhe um salário. “A função dele consistia
em acompanhar a brigada do asfalto, que se ocupava em tapar buracos nas
estradas”, lembra um antigo dirigente autárquico que prefere não se identificar.
“Era muito faltoso, e a sua postura fez com que nunca tivesse sido promovido
durante os anos em que esteve na Câmara.” [...]
Aí está! Mas quem se lembraria de pedir ao Zezito para
tapar buracos? A sua vocação, desde petiz, sempre foi a de abrir buracos.
Nisso é o maior especialista da Via Láctea e arredores. Está na cara que o
Município não tinha departamento de recursos humanos, para utilizar cada um de
acordo com a sua serventia; e agora vem dizer que ele era faltoso, que passava a
vida a telefonar, rebabá. Mesmo depois—e é isso que irrita—das provas dadas ao
leme da Nação, com mão firme no timão, em rota certeira para o buraco negro Troika,
maior que o do cluster de galáxias RX J1532.9 3021, continua a dizer que não
tapava buracos na Câmara da Covilhã! Pois que esperavam? Provavelmente, eram
capazes de pôr Stradivarius a construir pipas de vinho do Cartaxo! Há cada
um!...
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