Referi há dias que a Ordem da Jarreteira do PS, também
conhecida por fósseis da ética republicana, não considera António Vitorino
bom candidato a Belém porque não terá dimensão—dizem eles. Expliquei então que
Vitorino tem no mínimo mil e quinhentos milímetros de distância entre a
extremidade cefálica e a ponta do calcâneo e quase outro tanto de distância entre-eixos e entre-rodas e, tudo visto e avaliado, a dimensão é perfeitamente
satisfatória para ser presidente de todos os portugueses.
Adicionalmente, Vitorino é mais esperto que mil e
quinhentas personalidades da ética republicana—todas juntas—e está a cagar-se pra
eles, no que faz muito bem. Hoje, num programa da Renascença disse esta coisa
inspirada: o
comportamento e a gestão mediática do novo ministro grego das Finanças "é
mais de uma estrela rock que está a fazer a promoção do próximo concerto, do que propriamente de alguém que tem uma dívida de 317 mil
milhões às costas".
Varoufakis—ou Viroufaquir em português—aguenta-se bem com
as consequências do calote. Dorme em cama de pregos, caminha sobre as chamas e, na
falta de outra comida, engole espadas. O problema está resolvido no dia em
todo o grego se alimente de espadas, se não tiver ouros, copas, ou mesmo paus.
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