Ontem, num festival aéreo em Soreham, Brighton, no Reino
Unido, um dos aviões participantes despenhou-se e, em consequência, terão
morrido 7 pessoas que viajavam em automóveis perto do aeroporto. Não se percebe
se o piloto morreu porque a notícia da BBC refere apenas que foi retirado
imediatamente do aparelho pelos serviços de emergência. Vendo o vídeo do
desastre, é difícil admitir que não tenha morrido.
O problema que se põe diz respeito à legitimidade de
realizar tais espectáculos sem isolar as áreas onde se realizam, expondo a
acidentes pessoas que não têm nada a ver com eles.
Dir-se-á que o mesmo acontece com quase todos os
aeroportos, mesmo os de utilização comercial. Mas no caso dos festivais aéreos
a situação é diferente, dado que a sua realização destina-se quase sempre a
exibição de manobras de risco, como aconteceu ontem—o piloto estava a tentar
uma manobra de loop (não faço ideia do que seja), provavelmente
complicada. E suspeito que os comandantes dos aviões de passageiros não efectuam
tais piruetas por cima do aeroporto da Portela.
Festivais aéreos como o de ontem estão perfeitos
em locais isolados. No meio de casas e estradas onde moram e circulam pessoas desprevenidas,
nunca. Quanto aos espectadores, fica ao seu critério, desde que conheçam o
risco.
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