sábado, 22 de agosto de 2015

O CRÉDITO ESTÁ DE VOLTA

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Diz o "Diário de Notícias":

Em Julho, a confiança dos consumidores subiu para valores de Abril de 2002 e, do lado das empresas, o clima económico repete números de 2008. É essa confiança que está a fazer avançar um dos itens mais importantes para a movimentação da economia: o consumo privado. Só há um potencial problema: é que sem redução de impostos, sem redução da sobretaxa de IRS, e com 20% dos trabalhadores a receberem o salário mínimo (505 euros), esta confiança está a activar um motor antigo—o crédito.

Aqui é que a porca torce o rabo. Não tenho nada contra o crédito, devo esclarecer. Acho bem comprar um computador médio a crédito para uma família, especialmente com crianças, um receptor de TV, um telemóvel banal, até uma casa em certos casos. O que acho mal é, por exemplo, que a venda de automóveis no primeiro semestre deste ano tenha crescido 30%, quando a média na União Europeia foi de 8,2%—todos sabemos que na maior parte destes casos há recurso ao crédito. E quem diz automóveis diz outros bens caros e de baixa necessidade. Neste aspecto, suspeito que o português é candidato ao pódio do campeonato da falta de senso.
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