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Diz o "Diário de Notícias":
Em Julho, a confiança dos consumidores subiu para valores
de Abril de 2002 e, do lado das empresas, o clima económico repete números de
2008. É essa confiança que está a fazer avançar um dos itens mais importantes
para a movimentação da economia: o consumo privado. Só há um potencial
problema: é que sem redução de impostos, sem redução da sobretaxa de IRS, e com
20% dos trabalhadores a receberem o salário mínimo (505 euros), esta confiança está
a activar um motor antigo—o crédito.
Aqui é que a porca torce o rabo. Não tenho nada contra o
crédito, devo esclarecer. Acho bem comprar um computador médio a crédito para
uma família, especialmente com crianças, um receptor de TV, um telemóvel banal,
até uma casa em certos casos. O que acho mal é, por exemplo, que a venda de automóveis
no primeiro semestre deste ano tenha crescido 30%, quando a média na União
Europeia foi de 8,2%—todos sabemos que na maior parte destes casos há recurso ao crédito. E quem diz automóveis diz outros bens caros e de baixa necessidade. Neste aspecto, suspeito que o português é candidato ao
pódio do campeonato da falta de senso.
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