Não é raro ouvir alguém contar um problema de saúde e dizer que teve um "princípio" de pneumonia ou de outra maleita qualquer. Não foi propriamente a doença completa, terá sido só um bocadinho. É uma forma ingénua, caricata e bastante usada de dizer que se terá estado em risco de pneumonia.
Hoje li numa notícia coisa semelhante no foro da Justiça.
No fim de um julgamento em Penafiel,
segundo o jornal "SOL", alguém do colectivo de juízes terá dito a um
dos réus, condenado a prisão com pena suspensa mas alegando inocência, que era
ele que sabia como tudo se processava para o crime ser praticado e que só não
ficava em prisão efectiva "por um bocado".
Aquele réu teve um princípio de prisão efectiva!
A expressão, afinal, é útil. Um político, por exemplo,
pode dizer no próximo dia 4 de Outubro que teve um princípio de chefia do
governo e Jorge Jesus que teve um princípio de vitória hoje. E suspeito
que Nóvoa vai ter um princípio de Presidência da República.
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