Leio nas notícias que Alexis Tsipras explicou ao início
da noite, numa declaração transmitida pelas televisões, a decisão de avançar
para eleições antecipadas. Na declaração, o governante mostrou-se orgulhoso do
trabalho alcançado desde que foi eleito e realçou as medidas impostas pelos
credores que o seu executivo conseguiu evitar. Tanto quanto sei, não explicou
as medidas que o executivo não evitou, nem as que foram piores que o soneto.
Apesar de tudo, Tsipras, no meio da conversa sem ponta por onde
pegar dos radicais, não é dos piores. Não fora o riso inexplicável em
situações do maior aperto, o homem portou-se com senso. Percebeu que na prática
a teoria é outra e que a política é a arte do possível. E também que a conversa
de bar de faculdade, como lhe chama Rui Ramos, é frouxa para lidar com os
trastes do grande capital. Tsipras é simpático, mas tenrinho de mais para eles.
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