quinta-feira, 4 de maio de 2017

ANTI-COMUNISMO PRIMÁRIO

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Com a devida vénia, transcrevo excertos do artigo de Diniz Abreu no jornal "Sol":

[...[ Ao instar as autoridades venezuelanas a «conter a violência e a respeitar os direitos da oposição democrática, restituindo a ordem constitucional na Venezuela», o Parlamento tomou a iniciativa que tardava há muito, perante as incertezas que têm atingido, com gravidade, a comunidade portuguesa. [...]

[...] Apesar destas evidências, que semeiam incógnitas no futuro venezuelano e na grande comunidade portuguesa ali residente – com forte influência da emigração madeirense –, o PCP ofereceu a sua solidariedade ‘internacionalista’ ao regime de Maduro, indiferente ao destino, nalguns casos dramático, dos nossos compatriotas. Aliás, a maioria dos nossos media esquece a assertividade e trata com pinças os candidatos a ditadores de ‘esquerda’, refugiando-se numa complacência comprometida. [...]

[...] O ‘inimigo externo’ faz parte da cartilha ideológica habitual do PCP, sempre que o ‘caldo se entorna’ e as populações se sublevam contra a tirania. [...]

[...] Um partido envelhecido precisa de se agarrar a quaisquer destroços do naufrágio do movimento comunista, desde a União Soviética ao colapso dos partidos-irmãos europeus, amparado às extravagâncias dos confrades que lhe sobram da Coreia do Norte, da Venezuela ou de Cuba, que costuma convidar para a Festa do Avante!.
Arvorado em guardião do 25 de Abril e da Constituição, o PCP não hesita em considerar o Programa de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas como «instrumentos de ingerência e policiamento impostos pela União Europeia e pelo Euro». As suas propostas de saída do União e do euro, se vingassem, aproximar-nos-iam depressa da miséria ‘bolivariana’ da Venezuela. Pelos vistos, uma fonte inspiradora para o PCP…

Diniz Abreu in "Sol"

Comenta um leitor identificado por La Vie en Rose:

Os jurássicos são uma praga nefasta e viscosa que deveria ter sido erradicada mas que, lamentavelmente, persiste. Estes moralistas de meia-tigela são veteranos no branqueamento dos crimes mais horrendos, desde chacinas em massa ao atropelo grotesco e javardo dos mais elementares direitos humanos, sempre em grande escala. São assim há décadas e nem o facto de terem tentado eles próprios bolivariar Portugal foi argumento suficiente para levarem nas trombas - para alem de umas mocadas bem assentes lá para as bandas de Rio Maior e mais outras tantas bordoadas acima do Tejo nos bons tempos do Verão quente de 75...
São assim uma espécie de criminosos com carta de alforria tolerados pela justica, vá-se la saber por que tristes pretextos. Seitas destas só funcionam bem na penumbra, na clandestinidade e em regimes extremos, em que, por mais incrível que pareça, outros extremismos totalitaristas se mostram ainda mais extremados.
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