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«No regresso do Ecofin, Teixeira dos Santos sinalizou uma nova prioridade para responder a uma tendência e acalmar os seus colegas europeus e, também, para amenizar a posição que obteve no ranking do Financial Times - 16º pior ministro das Finanças em 19. O impulso esvaziou-se, às primeiras críticas, e o que parecia uma convicção tornou-se rapidamente numa torrente de contradições. A montanha pariu um rato, parece ser o novo lema deste Governo.
E é assim que, numa estratégia ziguezagueante, a imposição de fora se afirma sem alternativa. Seja nas regras do trabalho - é obvio que Sócrates surgirá de modelo liberalizante no próximo Conselho Europeu -, seja na saúde pública - que se finou no convite hipócrita à quebra do vínculo à ADSE. Neste choque com a realidade emerge de forma cristalina a validade de algumas das propostas que Sócrates considerou atentatórias do Estado Social. Estamos, pois, no momento em que - dispensando-se uma negociação de âmbito constitucional - se aceita uma tímida flexibilização das regras do trabalho».
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Raul Vaz in “Diário Económico”
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sábado, 11 de dezembro de 2010
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