sábado, 16 de junho de 2012

UMA HISTÓRIA DE JÚLIO VERNE

.


No dia 5 de Setembro de 1977, faz dentro de três meses 35 anos, a NASA lançou no espaço celeste a nave Voyager 1, com o objectivo primário de fazer observações dos planetas Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno, missão que ficou completa em 1989, doze anos depois do lançamento.
Entretanto, a nave foi apontada ao centro da nossa galáxia, a Via Láctea, e prosseguiu a viagem à velocidade de 17 km por segundo, ou seja, mais de 61.000 km por hora. É alimentada por um gerador de plutónio com esperança de vida de mais 10 a 15 anos, depois do que passará ao estado completo de surdez e mutismo. Por enquanto, envia regularmente informações para a Terra, ao seu "patrão", Ed Stone.
Neste momento, encontra-se a 11 mil milhões de km do nosso berço, pouco mais do que daqui a Cacilhas, e os sinais de rádio que emite, à velocidade da luz, levam 16 horas e meia a chegar aos nossos ouvidos. Continua a receber partículas energéticas do Sol, mas a quantidade começa a diminuir e será nenhuma dentro de pouco tempo. É que a Voyager 1 está a chegar ao limite do Sistema Solar e em vias de o abandonar, saindo da área de influência do Cristiano Ronaldo, perdão, do Sol que é a nossa estrela e vai deixar de ser dela, nave.
Em data ainda não conhecida por Ed Stone, a Voyager 1 entrará no espaço interestelar, tornando-se no primeiro objecto fabricado pelo homem a fazê-lo. Tem depois uma longa rota à sua frente, na direcção do centro da galáxia. Provavelmente, irá morrer numa estrela chamada  AC +793888, nome que não lembra ao Diabo, e a 2 anos/luz da nave neste momento.
Quando o combustível de plutónio se esgotar, a Voyager 1 será embaixatriz muda da Terra no espaço cósmico. Have a nice trip, Voyager!
.

Sem comentários:

Enviar um comentário