.
segunda-feira, 30 de abril de 2018
25 BARRA 4
.
..
[...] O terceiro motivo pelo qual não celebro “Abril” prende-se com o próprio “Abril”. Serei picuinhas, mas causar-me-ia certa impressão passear em prol da democracia junto de criaturas que sempre a combateram. Não querendo generalizar, o tradicional cortejo lisboeta é das maiores concentrações de intolerantes que o país é capaz de agrupar. E a toponímia é tão irónica quanto os propósitos: boa parte daquela gente “desce” a Avenida da Liberdade em nome de um conceito que lhe é fundamentalmente estranho. Por regra, os rostos reconhecíveis na romaria do 25/4 oscilam entre fanáticos de proibições, na melhor das hipóteses, e devotos de totalitarismos, na pior. Mesmo os que não idolatram abertamente tiranos célebres e obscuros entretêm-se a conceber interditos e calar “blasfémias”. É peculiar, por exemplo, que candidatos a censores se congratulem com o fim da censura. Ou que prepotentes naturais recordem com rancor a prepotência alheia. No fundo, eles descem a Liberdade porque não saberiam subi-la nem que tentassem. [...]
.
Alberto Gonçalves in "Observador"
.
SIMBA
.
.
O "leãozinho", de 9 meses, chama-se Simba e vive na casa dos seus donos, um casal francês que o adoptou depois da mãe leoa ter tentado comê-lo!Está a medrar com os 2,5 quilos de carne que come por dia. Quando for adulto volta para a jaula.
TRABALHO E FIXAÇÃO MÉTRICA
.
Desde logo, porque o número de itens, que tem de ser necessariamente limitado, não considera aspectos considerados secundários e que, nalguns casos, são importantes, embora não essenciais — por exemplo, a disponibilidade para horários flexíveis, ou substituir colegas voluntariamente.
Mas há pior: por exemplo a chamada "fixação métrica" para lhe dar um nome. Consiste tal em trabalhar para o indicador e não para a real finalidade do trabalho. Um cirurgião avaliado pela percentagem de sucesso nas intervenções, pode fugir aos casos mais complicados e de maior risco, deixando os "ossos" para os colegas, mesmo com prejuízo dos doentes. Ou o chefe policial, avaliado pelo número de crimes registados na sua área, que os ignora e não regista.
Por outro lado, em qualquer actividade profissional, o seu fruto são resultados a curto, a médio e a longo prazo. A "fixação métrica" conduz inevitavelmente à priorização do curto prazo, mesmo com prejuízo do médio e longo prazo. Ao contrário do senso comum, a tentativa de medir a produtividade através da performance métrica desencoraja a iniciativa, a inovação e o assumir riscos. Os analistas que descobriram o paradeiro de Osama bin Laden trabalharam nisso durante anos; anos em que a produtividade foi zero. Se os seus superiores estivessem fixados na taxa de insucesso de 100%, bin Laden ainda hoje estaria a planear acções terroristas!
Poderíamos enumerar muito mais, mas vai longa a prosa e a ideia está passada. Continuar seria trabalhar para um factor métrico de menos 2, ou menos 3. Eh... Eh... Eh...
.
.
Avaliar o desempenho de quem trabalha é das coisas mais complicadas do mundo laboral. Infelizmente, tive essa obrigação durante parte da minha vida. Cada vez mais, a tendência é usar bitolas numéricas estandardizadas, o que os anglo-saxónicos chamam metrics, ou seja, considerar vários aspectos do desempenho e atribuir-lhes um valor em escala convencional, de 1 a 5, ou 10, por exemplo. É cómodo, mas tem inconvenientes. Desde logo, porque o número de itens, que tem de ser necessariamente limitado, não considera aspectos considerados secundários e que, nalguns casos, são importantes, embora não essenciais — por exemplo, a disponibilidade para horários flexíveis, ou substituir colegas voluntariamente.
Mas há pior: por exemplo a chamada "fixação métrica" para lhe dar um nome. Consiste tal em trabalhar para o indicador e não para a real finalidade do trabalho. Um cirurgião avaliado pela percentagem de sucesso nas intervenções, pode fugir aos casos mais complicados e de maior risco, deixando os "ossos" para os colegas, mesmo com prejuízo dos doentes. Ou o chefe policial, avaliado pelo número de crimes registados na sua área, que os ignora e não regista.
Por outro lado, em qualquer actividade profissional, o seu fruto são resultados a curto, a médio e a longo prazo. A "fixação métrica" conduz inevitavelmente à priorização do curto prazo, mesmo com prejuízo do médio e longo prazo. Ao contrário do senso comum, a tentativa de medir a produtividade através da performance métrica desencoraja a iniciativa, a inovação e o assumir riscos. Os analistas que descobriram o paradeiro de Osama bin Laden trabalharam nisso durante anos; anos em que a produtividade foi zero. Se os seus superiores estivessem fixados na taxa de insucesso de 100%, bin Laden ainda hoje estaria a planear acções terroristas!
Poderíamos enumerar muito mais, mas vai longa a prosa e a ideia está passada. Continuar seria trabalhar para um factor métrico de menos 2, ou menos 3. Eh... Eh... Eh...
.
ENGENHARIA FORMIGUEIRA...
.
.
...ou como as formigas constroem pontes com o próprio corpo, como o Engº Edgar Cardoso fazia com ferro e betão.
.
...
domingo, 29 de abril de 2018
OS "COSTAS" A COMBATER INCÊNDIOS
.
Trump e Macron, com pompa e circunstância, plantaram um carvalho raquítico no jardim da Casa Branca, com a presença coreográfica de Melania e Brigitte, carvalho que veio de um campo onde morreram muitos soldados americanos na II Guerra. Foi bonito!
.
No dia seguinte, o carvalho havia desaparecido, como se vê na autópsia deste retrato, substituído por uma mancha amarela, no primeiro plano. Parece que a árvore enfezada teve de ir para quarentena, talvez suspeita de sofrer de SIDA, como parece pelo aspecto, e o terreno desinfectado com qualquer mistela do Estoril-Praia.
.
A GAIVOTA BORREGOU
.
.
[...] Mas seja como for houve um dia em que nós começámos a ver as gaivotas com outros olhos. Para começar constatámos que as gaivotas voavam pouco, preferiam as lixeiras à vastidão dos oceanos. Muitas até trocavam as falésias pelas varandas e esplanadas. Para cúmulo, as gaivotas em pouco tempo controlavam as demais aves. Enfim, de símbolo da liberdade a gaivota passou a parasita de que não nos conseguimos libertar. Uma praga, portanto. [...].
.
Helena Matos in "Observador"
A CASA ESCONDIDA
.
.
O que se vê na imagem são duas belas igrejas antigas do Porto com uma casa literalmente "entalada" entre as duas. Parece mentira, mas aquelas duas janelas e porta pertencem a uma habitação com três andares e vários cómodos, conhecida por "Casa Escondida", sem se perceber porquê!...Clique aqui para ter mais informação.
.
OS "ROBOTS" RUSSOS DE CORBYN
.
Investigação realizada pelo "The Times", com colaboração da Universidade de Swansea, revelou que, antes das últimas eleições gerais na Inglaterra, a Rússia de Putin lançou um ataque violento contra os conservadores, a favor dos trabalhistas de Corbyn que, nessas eleições subiram o seu score de 25% para 40%. Tudo se passou predominantemente via Twitter, tendo sido abertas 6.500 contas pelos russos, com nomes ingleses femininos, semanas antes da eleição. As mensagens, atacando May e favoráveis a Corbyn, pouco variadas e imaginativas, foram geradas por 16.000 robots, a partir de Abril do ano passado e chegaram a milhões de eleitores, com verdades deturpadas e mentiras descaradas. Inclusivamente, a campanha manteve-se no próprio dia das eleições, dia em que qualquer acção de campanha é proibida.
O método, já tinha sido usado anteriormente a favor de Donald Trump, conforme foi noticiado depois da sua eleição. Em resumo, Putin é bom camarada — foi ele que me deu a gravata às pintas, para pessoas distintas, que uso hoje.
..
.
(Andar à malandro das artes marciais)
.
sábado, 28 de abril de 2018
UMA IMAGEM PARA HOJE
.
.
Três ursinhos órfãos da Bulgária a aguardar transferência para um orfanato de ursos, na Grécia.
.
"MAYBOT"
.
Theresa May, ou simplesmente May, é também conhecida por "Maybot", heterónimo formado a partir das palavras "May" e "Robot". May repete até à exaustão chavões como Brexit means Brexit, ou No deal is better than a bad deal. São frases bem achadas, para usar com parcimónia. "Maybot" abusa com estas e outras. Contudo, a conversa de May, oficialmente a figura com o discurso político mais robótico no Reino Unido, tem vantagens e ela saberá disso. Em análises feitas com o "Trint", uma geringonça de inteligência artificial que converte o discurso áudio e vídeo em escrita, concluiu-se que May é a personalidade mais fácil de entender, conseguindo transcrições 98,28% correctas das suas palavras.
Um responsável da "Trint" diz que tudo resulta da clareza e baixa velocidade do discurso, coisa que António Costa tem de aprender — sobretudo, deixar de "comer" metade das palavras.
No fragmento de vídeo publicado em cima, constata-se a clareza da pronuncia. Quanto à baixa velocidade, não tanto assim — pelo menos para quem não é inglês ou de país falante do dito.
.
A NATUREZA NÃO SABE ECOLOGIA
.
A fotografia em cima é do vale do rio Soca, no Oeste da Eslovénia, no tempo actual. Fotografias anteriores à Primeira Guerra Mundial revelam uma área quase sem vegetação e pouquíssimas árvores. A imagem ao lado e em baixo, das ruínas de um templo Maia no México rodeado de vegetação, corresponde a uma área onde há séculos não existia uma folha verde.
Serve isto para dizer que, ao contrário do que se pensa e faz constar, a destruição da vida vegetal pelas nossas civilizações está longe de ser irreversível. Ao longo da História, o homem já destruiu milhões de florestas que aí estão para lavar e durar.
Não é isto um apelo ao betonar desenfreado da Natureza, por múltiplas razões, até de ordem da estética ambiental. Mas é um reparo a algum fundamentalismo ecológico, muitas vezes em colisão com interesses económicos colectivos e a qualidade de vida das populações. Os inconvenientes de uma barragem hídrica, para produção de electricidade ou regadio, têm de ser ponderados versus vantagens que traz à população, onde está incluída larga faixa dos menos favorecidos economicamente.
E a Natureza, já o demonstrou, não aguenta tudo, mas aguenta muito. Diz quem assim pensa uma coisa em que devemos reflectir: "There is more life in dead trees than there is in living trees"; ou seja, "Há mais vida nas árvores mortas do que há nas árvores vivas". Isto é verdade biologicamente, se considerarmos a fauna e a flora que habitam as árvores mortas. É um sofisma? Seguramente! Mas dá que pensar.
E a Natureza, já o demonstrou, não aguenta tudo, mas aguenta muito. Diz quem assim pensa uma coisa em que devemos reflectir: "There is more life in dead trees than there is in living trees"; ou seja, "Há mais vida nas árvores mortas do que há nas árvores vivas". Isto é verdade biologicamente, se considerarmos a fauna e a flora que habitam as árvores mortas. É um sofisma? Seguramente! Mas dá que pensar.
.
A ESCOLTA
.
.
Se Kim não existisse, eu pagava para inventar um.
Kim é das coisas mais divertidas que a política tem.
Difícil, mas melhor que José Manuel Coelho da Madeira!
Kim é das coisas mais divertidas que a política tem.
Difícil, mas melhor que José Manuel Coelho da Madeira!
.
sexta-feira, 27 de abril de 2018
"ARRINCANÇO" DO DIA
.
.
Viver com dinheiro emprestado?!!!
Isto é fazer-se de parvo.
O problema é saber de quem era o dinheiro, Pá!...
.
MAIS VALE NUNCA QUE TARDE
....
.
..
40 anos passados, os ABBA, recauchutados e digitalizados, vão voltar!
Não é grande a ideia...
.
PARECE ANEDOTA MAS NÃO É !
.
.
Esta foi a mesa e a cadeira usadas por Kim Jong-un para assinar o acordo com a Coreia do Sul. Previamente, como se vê na fotografia, agentes da sua segurança limparam tudo e usaram spray desinfectante no chão, na mesa, na cadeira, na caneta e no papel. E todos os excrementos do Rocketman foram guardados e levados de volta para o Norte, pois podem revelar pormenores da vida do Querido Líder.
..
SE CONDUZIR NÃO BEBA
..
.
A polícia de Sussex, no Reino Unido, divulgou este vídeo registado por uma câmara montada no tablier de uma viatura conduzida por um homem embriagado que acabou com uma colisão com outro veículo.
.
BAGEL / BEIGEL — A ROSCA
.
.
O bagel, ou beigal, ou talvez rosca em português, é um pão de trigo redondo com um furo no meio, amassado à mão em condições higiénicas mais que duvidosas, eventualmente com alguma cinza de cigarro à mistura, muito apreciado nessa ilha chamada Inglaterra que fica a Norte de Portugal, de que já devem ter ouvido falar. Também outros povos anglo-saxónicos gostam muito de bagel/beigel e é bem feito.O filme mostra eficiente e rapidamente do que estou a falar.
.
KIM DEU MEIA PRÀ CAIXA
.
.
Talvez o mais importante acontecimento da política internacional no Século XXI, até hoje.
.
quinta-feira, 26 de abril de 2018
QUEM TEM CU TEM MEDO
..
.
As lontras, também conhecidas por jaguares aquáticos, e os jaguares propriamente ditos são predadores mútuos. Ora um, ora outro, leva a melhor. No caso mostrado no vídeo, acabou tudo bem porque os jaguares deram às de Vila Diogo!
Quem tem cu tem medo. E então?
.
A INDISCRIÇÃO DE UM PALIMPSESTO
.
..Sabe o que é um palimpsesto? Não sabe?!... Eu, há dez minutos, também não sabia. Agora sei que é um documento escrito em suporte onde já figurou outro texto que foi apagado. O suporte referido pode ser papel, ou uma pedra, mas do que quero falar é de papel velino! Sim senhor(a); sendo que papel velino não é propriamente papel, mas uma ou várias folhas para escrever, feitas da pele de animais, por exemplo. Sei que está a acompanhar-me.
Falo nisto porque a Chirtie's acabou de vender um palimpsesto por quase 600.000 Libras, quase 5 vezes mais do que esperava. Trata-se de um fragmento do Corão escrito em velino — há coisas irónicas! — onde estavam páginas da Bíblia, do Antigo Testamento, que foram apagadas.
Foi Eléonore Cellard, professora francesa, que descobriu os vestígios do texto copta escrito no Século VII e se mantiveram detectáveis este tempo todo.
.
ROCKET MAN
.
Atento como sempre, O DOLICOCÉFALO noticiou, em Outubro do ano passado, que um túnel do complexo de testes nucleares da Coreia do Norte colapsou, em consequência do último ensaio, alegadamente com uma bomba de hidrogénio, matando 100 pessoas. Outras 100, enviadas para salvar as primeiras, morreram também. Na altura receou-se que pudesse haver fugas de radioactividade para a atmosfera exterior e que o local não estaria em condições de albergar novas experiências.
Depois, veio a proposta de Kim Jong-un para negociar com os Estados Unidos o cessar do programa nuclear da Coreia do Norte, proposta muito bem recebida. Hoje admite-se que é uma burrice fazer concessões a Kim Jong-un para ele interromper uma coisa que não pode continuar.
Atento como sempre, O DOLICOCÉFALO noticiou, em Outubro do ano passado, que um túnel do complexo de testes nucleares da Coreia do Norte colapsou, em consequência do último ensaio, alegadamente com uma bomba de hidrogénio, matando 100 pessoas. Outras 100, enviadas para salvar as primeiras, morreram também. Na altura receou-se que pudesse haver fugas de radioactividade para a atmosfera exterior e que o local não estaria em condições de albergar novas experiências.
Depois, veio a proposta de Kim Jong-un para negociar com os Estados Unidos o cessar do programa nuclear da Coreia do Norte, proposta muito bem recebida. Hoje admite-se que é uma burrice fazer concessões a Kim Jong-un para ele interromper uma coisa que não pode continuar.
É muito provável que a Coreia do Norte não tenha condições de repetir detonações de bombas atómicas "em casa", com um mínimo de segurança, nos tempos mais próximos, o que não quer dizer que o não faça — Kim é um alarve! Mas por muito alarve que seja, não estará, ele próprio, ao abrigo das consequências funestas que daí podem advir. E ele próprio é outra coisa!
.
quarta-feira, 25 de abril de 2018
ONDAS HERTZIANAS OU TIRO AO ALVO ?
.
.
A nova pintura — da autoria do suíço Felice Verini — das muralhas do castelo de Carcassone, em França, na comemoração da passagem do 20º aniversário como Património Mundial da UNESCO.
..........
O INSTINTO COMANDA A VIDA
..
-
Já falei há dias, ou semanas, do voo aparentemente "coreografado" dos estorninhos e de outras aves e referi que o fenómeno não resulta de cada elemento seguir o seu companheiro da frente ou do lado. Mostram as experiências que as aves não têm reflexos suficientemente rápidos para que as coisas se passem assim. Também não se trata de repetir uma encenação sempre igual, como se comprova pelos múltiplos registos gráficos realizados. Na realidade, são reacções instintivas a factores ambientais próprias da espécie e, por isso, uniformes. Cada unidade reproduz o movimento das outras unidades pela mesma razão, condicionada pelo instinto.
Num grupo de bailado humano, os ensaios criam o instinto do movimento para cada dança. Quando repetem a dança, os bailarinos não precisam de olhar para o que fazem os outros elementos do grupo — estão condicionados pelo treino. Os estorninhos e as outras aves que voam em bandos estão condicionados pelo instinto e dependem de "outra música".
.
Subscrever:
Mensagens (Atom)