segunda-feira, 22 de abril de 2019

MEANDROS POLITICO-SINDICAIS

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Depois da greve dos enfermeiros e da greve dos motoristas, descobrimos que há greves boas e greves más. Que sirva, ao menos, para abrir a discussão sobre as condições de exercício do direito à greve.
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Foi assim com os estivadores, foi assim com os enfermeiros, está a ser assim com os motoristas de matérias perigosas. São movimentos que não são controlados nem por partidos, nem pela CGTP (a UGT só existe porque dá jeito ao PS e ao PSD), são movimentos que se organizaram em sindicatos e são muito recentes e perceberam que as redes sociais podem ser usadas a seu favor. São os maus grevistas, são os suspeitos, que estão ao serviço de interesses.
Assistimos a isto nas últimas greves, a uma tentativa de descredibilização de trabalhadores e sindicatos. Com os enfermeiros, com os professores que não dependem de Mário Nogueira e da Fenprof, agora com os motoristas de matérias perigosas que estão fora da Fectrans. São investigados os promotores, os seus líderes e as respectivas fontes de financiamento. Ficamos até a saber que há um vice-presidente sindical que não é motorista, é advogado, e até tem um Maserati, como se isso fosse relevante para as reivindicações daqueles trabalhadores, justas ou não. Tão relevante como saber que o ministro que ‘resolveu’ a greve tinha um Porsche. [...]

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