Investigações arqueológicas feitas nos arredores de York, no Reino Unido, revelaram os mais bem preservados exemplares de restos de gladiadores romanos e dos que travavam lutas sangrenta nas arenas com animais selvagens. Pelo menos oitenta esqueletos foram desenterrados durante uma década e, num deles, são visíveis as marcas de ter sido morto por um animal carnívoro - leão, tigre, ou urso.
Cerca de um quarto têm um membro superior mais comprido que o outro, de 1 a 1,8 cm, significando que terão começado com treino físico muito violento na puberdade; e todos eram de altura superior à média e muito robustos. A análise dos pontos de inserção nos ossos mostra, em 85% dos esqueletos, que tinham desenvolvidos sobretudo os músculos responsáveis pela mobilidade do ombro e do braço. O formato dos crânios é de gente oriunda de diferentes partes do Império Romano, incluindo a Europa Central e Oriental, bem como o Norte de África. Já nessa altura haveria o equivalente à actual contratação internacional de jogadores de futebol!
Aspecto intrigante é o de muitos terem sido decapitados. Embora com sinais de feridas potencialmente mortais, a causa da morte foi a decapitação. Sabe-se que os gladiadores eram frequentemente mortos na arena pelos seus vencedores, mas pensava-se que era com um golpe de sabre na garganta. Admite-se agora poder ser também por decapitação, com golpe, ou golpes, de misericórdia da nuca para diante. Há também calotes cranianas fracturadas por martelo, eventualmente com o mesmo propósito.
Os achados correspondem a homens que viveram entre o Século I AC e o Século IV DC. Catorze deles foram inumados com bens para usufruirem depois da morte. Um deles, jovem alto com 18 a 23 anos, foi enterrado com abundante carne de cavalo, a avaliar pelo número de ossos de equídeo (424 ossos de 4 cavalos diferentes), além de porco e vaca. Tinha sido decapitado por várias espadeiradas no pescoço. Encontraram-se também peças de barro, um cabrito inteiro, e galinhas noutros túmulos.
Caso especial é o das ossadas com pesados aneis de ferro em volta das pernas achadas numa tumba. Julga-se que era a forma de punir certos crimes, mas tal é pura especulação. É provável que no cemitério estejam também criminosos, juntos com gladiadores e combatentes de feras.
Estes factos fazem pensar na utilidade de deixar aos vindouros o máximo de informação clara sobre cada geração. Do passado não muito remoto temos pouca e difícil de interpretar, como se vê. Pergunta-se se do presente deixamos quanto baste. Pensamos que sim, mas provavelmente não. A informação útil é aquela que o estado do conhecimento de cada época precisa, e só sabendo qual será esse conhecimento daqui a séculos, se saberá se deixamos o necessário. Por isso, o melhor é cortar por largo e deixar tudo quanto pudermos.
Cerca de um quarto têm um membro superior mais comprido que o outro, de 1 a 1,8 cm, significando que terão começado com treino físico muito violento na puberdade; e todos eram de altura superior à média e muito robustos. A análise dos pontos de inserção nos ossos mostra, em 85% dos esqueletos, que tinham desenvolvidos sobretudo os músculos responsáveis pela mobilidade do ombro e do braço. O formato dos crânios é de gente oriunda de diferentes partes do Império Romano, incluindo a Europa Central e Oriental, bem como o Norte de África. Já nessa altura haveria o equivalente à actual contratação internacional de jogadores de futebol!
Aspecto intrigante é o de muitos terem sido decapitados. Embora com sinais de feridas potencialmente mortais, a causa da morte foi a decapitação. Sabe-se que os gladiadores eram frequentemente mortos na arena pelos seus vencedores, mas pensava-se que era com um golpe de sabre na garganta. Admite-se agora poder ser também por decapitação, com golpe, ou golpes, de misericórdia da nuca para diante. Há também calotes cranianas fracturadas por martelo, eventualmente com o mesmo propósito.
Os achados correspondem a homens que viveram entre o Século I AC e o Século IV DC. Catorze deles foram inumados com bens para usufruirem depois da morte. Um deles, jovem alto com 18 a 23 anos, foi enterrado com abundante carne de cavalo, a avaliar pelo número de ossos de equídeo (424 ossos de 4 cavalos diferentes), além de porco e vaca. Tinha sido decapitado por várias espadeiradas no pescoço. Encontraram-se também peças de barro, um cabrito inteiro, e galinhas noutros túmulos.
Caso especial é o das ossadas com pesados aneis de ferro em volta das pernas achadas numa tumba. Julga-se que era a forma de punir certos crimes, mas tal é pura especulação. É provável que no cemitério estejam também criminosos, juntos com gladiadores e combatentes de feras.
Estes factos fazem pensar na utilidade de deixar aos vindouros o máximo de informação clara sobre cada geração. Do passado não muito remoto temos pouca e difícil de interpretar, como se vê. Pergunta-se se do presente deixamos quanto baste. Pensamos que sim, mas provavelmente não. A informação útil é aquela que o estado do conhecimento de cada época precisa, e só sabendo qual será esse conhecimento daqui a séculos, se saberá se deixamos o necessário. Por isso, o melhor é cortar por largo e deixar tudo quanto pudermos.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário