Necrofilia ideológica é uma imagem usada por Moisés Naim num artigo do jornal El País de hoje. Curiosa imagem!
A necrofilia é a atracção sexual por cadáveres e a necrofilia ideológica a atracção pelas ideias mortas; como o maoismo, “o sistema mais completo, progressista, revolucionário e racional da história da humanidade”, dizia-se! Já nem os líderes chineses acreditam nisso, se alguma vez acreditaram. Morreram 55 milhões na China às mãos de Mao, mas continua a haver maoistas: na Índia, no Nepal e essa coisa sinistra no Peru chamada Sendero Luminoso!
Há outras formas de necrofilia nas ideias: por exemplo, na Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela. Países sem quadros, onde se insiste nas nacionalizações e entrega da gestão a gente sem qualificação, factor de multiplicação da falta de produtividade, da ruína económica e do que se pretende combater e alastra como mancha de óleo – a pobreza, mesmo a miséria.
A necrofilia política não é exclusivo da esquerda. Tem elevada prevalência nos liberais fundamentalistas que acreditam na capacidade auto-reguladora do mercado, e acham a intervenção dos governos na economia e nas finanças desnecessária e até contraproducente. Na situação de crise actual, só por ironia se pode eructar tal boutade.
Fala-se frequentemente do politicamente correcto - forma condicionada de pensar sob pressão dos opinion makers – e não se percebe que tal fenómeno é, na maioria dos casos, manifestação de necrofilia política. É o método privilegiado de castração intelectual do cidadão, como faziam os caciques de outros tempos.
Veja-se essa cena da intercepção da flotilha humanitária pelos israelitas. Fica claro, para quem não é necrófilo, que a razão não está exclusivamente de um lado e a culpa do outro. Houve excesso de força por parte dos judeus? Provavelmente. E comportamento deliberadamente provocatório por parte de pessoas que dizem só os mover o desejo de suprir as carências elementares da população de Gaza? Provavelmente também. Negar isto é necrofilia ideológica, ao procurar fazer vingar a versão de cada um dos lados, claramente facciosa, no melhor estilo da política velha, baseada na mentira, na intriga e na manobra manhosa. E que dizer dos que ficam com o coração despedaçado quando morre um terrorista, e indiferentes quando um bombista terrorista mata dezenas de inocentes? Necrofilia na prática política.
Em verdade vos digo que não há pachorra para tanto primitivismo.
A necrofilia é a atracção sexual por cadáveres e a necrofilia ideológica a atracção pelas ideias mortas; como o maoismo, “o sistema mais completo, progressista, revolucionário e racional da história da humanidade”, dizia-se! Já nem os líderes chineses acreditam nisso, se alguma vez acreditaram. Morreram 55 milhões na China às mãos de Mao, mas continua a haver maoistas: na Índia, no Nepal e essa coisa sinistra no Peru chamada Sendero Luminoso!
Há outras formas de necrofilia nas ideias: por exemplo, na Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela. Países sem quadros, onde se insiste nas nacionalizações e entrega da gestão a gente sem qualificação, factor de multiplicação da falta de produtividade, da ruína económica e do que se pretende combater e alastra como mancha de óleo – a pobreza, mesmo a miséria.
A necrofilia política não é exclusivo da esquerda. Tem elevada prevalência nos liberais fundamentalistas que acreditam na capacidade auto-reguladora do mercado, e acham a intervenção dos governos na economia e nas finanças desnecessária e até contraproducente. Na situação de crise actual, só por ironia se pode eructar tal boutade.
Fala-se frequentemente do politicamente correcto - forma condicionada de pensar sob pressão dos opinion makers – e não se percebe que tal fenómeno é, na maioria dos casos, manifestação de necrofilia política. É o método privilegiado de castração intelectual do cidadão, como faziam os caciques de outros tempos.
Veja-se essa cena da intercepção da flotilha humanitária pelos israelitas. Fica claro, para quem não é necrófilo, que a razão não está exclusivamente de um lado e a culpa do outro. Houve excesso de força por parte dos judeus? Provavelmente. E comportamento deliberadamente provocatório por parte de pessoas que dizem só os mover o desejo de suprir as carências elementares da população de Gaza? Provavelmente também. Negar isto é necrofilia ideológica, ao procurar fazer vingar a versão de cada um dos lados, claramente facciosa, no melhor estilo da política velha, baseada na mentira, na intriga e na manobra manhosa. E que dizer dos que ficam com o coração despedaçado quando morre um terrorista, e indiferentes quando um bombista terrorista mata dezenas de inocentes? Necrofilia na prática política.
Em verdade vos digo que não há pachorra para tanto primitivismo.
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