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Afinal, o Dr. Mário Soares viajava na A8 a 199 km/h
porque estava com pressa. Por mim, penitencio-me, peço desculpa e retiro algum
comentário menos próprio que tenha feito sobre a matéria, mas não sabia que o
Dr. Mário estava com pressa naquele exacto momento. Aliás, aproveito para dizer
que, num mundo dominado pela ciência da computação, os radares da GNR deviam
estar preparados para interpretar os dados que registam. Está na cara que a
velocidade instantânea verificada nos carros do Dr. Mário tem de ser
multiplicada por um factor de correcção, função da quantidade de pressa de que
está animado. Tal factor será sempre inferior à unidade – é elementar isto!
E a prova que estava com pressa é que nem se lembrou que
não era o Estado que pagava a multa. Parece que as mordomias do Dr. Mário
incluem “apenas” um Mercedes-Benz S350 4Matic, o guarda-freio e o
combustível, o que não é muito. As coimas, ou multas, ou outras alcavalas, não
são encargo dos contribuintes, o que me parece rotundamente injusto, mesmo
quando o Dr. Mário não está com pressa. O Dr. Mário terá dito na altura às
autoridades, com quem terá sido “bastante mal-educado”, que seria o Estado a
pagar a coima. Mas o “Diário de Notícias” explica que, com a pressa, o Dr.
Mário terá “baralhado as suas regalias”. Com este esclarecimento, fica tudo
arrumado.
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