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Estudos
feitos em fósseis e em camadas de gelo da época mostram que na última era glaciar,
há dezenas de milhares de anos, ventos oriundos
da Patagónia e áreas mais meridionais da América do Sul, depositaram enormes
quantidades de poeira com ferro no oceano. O metal funciona como óptimo
fertilizante para o plâncton marinho, estimulando o seu crescimento―é um
excelente adubo para o jardim marítimo. Mas o importante é que esse plâncton é
capaz de captar massas enormes de dióxido de carbono da atmosfera e provocar o
arrefecimento do clima por mecanismo inverso ao que se diz estar acontecer
actualmente. Voilá, dir-se-á, o que rima mas não é a verdade que insinua.
Com a capacidade máxima do
homem para adubar os oceanos com ferro, seria possível baixar a quantidade de
dióxido de carbono na atmosfera em cerca de 40 partes por milhão (ppm), ao
longo de 100 anos. Mas o aumento actual do gás é de 2 ppm por ano, o que
significa que em 20 anos aumentará o que só se consegue reduzir em 100! (O
nível actual é de 400 ppm).
Os ventos da Patagónia já
não são o que eram―como muitas outras coisas―e os que há são pobres. Mesmo os
da Rússia, que levam muito ferro, mas também têm muito fogo. E ventos de ferro
e fogo têm conteúdo que se anula mutuamente.
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