O físico Richard
Feynman dizia que, se um cataclismo destruísse todo o conhecimento
científico, a melhor frase, com a mais importante informação, que podia ficar
para a geração seguinte seria: Todas as coisas são feitas de átomos—pequenas
partículas em permanente movimento que
se atraem quando próximas e se repelem quando comprimidas.
Tenho dúvidas sobre a opinião de Feynman, mas quem sou eu
para o contrariar?
De forma mais prática, um astrobiologista chamado Lewis
Dartnell põe outra questão e diz o que era importante ficar registado para a
posteridade, se o tal cataclismo acontecesse. A primeira informação seria a de
que muitas doenças são provocadas por micróbios, organismos invisíveis a olho
nu, e não por castigo divino, mau olhado, bruxedo e rebabá. Que a água pode ser
desinfectada com lixívia e o sabão ser feito facilmente com gordura animal ou vegetal; que
é importante manter os excrementos longe das fontes de água; como se devem
cultivar os cereais, nomeadamente o trigo, o milho e o arroz, e guardá-los em
silos, ou locais parecidos; a vantagem de os moer em farinha—extensão da função
dos dentes molares—e da cocção que facilitam a digestão e absorção; e,
finalmente, o fabrico do pão.
Dartnell é mais prosaico, mas vai muito bem—só esqueceu o fogo, mas isso está implícito no cozinhar. Na situação
hipotética referida, era muito mais importante não cagar na nascente que saber
essa coisa fina dos átomos!.
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