Sobre Passos Coelho e o seu passado "empresarial",
Pedro Santos Guerreiro escreve hoje no "Expresso", a páginas tantas:
[...] Há um milhão
de pormenores por esclarecer, mas o problema não é essencialmente esse. Qual
foi o valor das despesas? Que despesas foram? Refeições? Para gastar mil contos
por mês nos anos 90 era preciso almoçar dez vezes todos os dias no Gambrinus.
Eram mesmo mil contos, cinco mil euros? Podemos continuar por aqui fora e as
questões serão relevantes se um dia alguém tiver acesso à lista de despesas.
Mas a questão é sobretudo outra. Perante o que agora sabemos, é verosímil unir
os pontos e chegar ao seguinte desenho: através de uma ONG, uma empresa teria
sacado fundos de Bruxelas que distribuíra por várias pessoas através de um saco
azul, algumas delas ligadas a
partidos políticos. Esta narrativa surpreenderia alguém? Ninguém. Em Portugal anda a sacar-se dinheiro
assim há anos. Não se trata de
Passos Coelho mas desta prática que medra em Portugal desde os anos 90.
[...]
.
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