Um director-geral do Ministério da Educação fez uma borrada qualquer ao classificar candidatos a professores—errare humanum est diziam os latinos e assim estaria desculpado. Mas a borrada já foi há tempos, tem havido forte contestação dos candidatos que apontavam a asneira, o fabiano insistia na burrice e o Ministro fazia figura de urso. Os latinos também diziam errare humanum est, perseverare diabolicum, ou seja perseverar no erro é diabólico—asinino, diria eu.
Agora o Ministro foi ao Parlamento e assumiu o mea culpa—para continuar a falar eruditamente—e
pediu desculpa ao portugueses, aos pais e aos professores. Bonito! Graças a
Deus, o director-geral, foi colocado em cima de uns patins em linha e viu-se a
voar na 5 de Outubro—parecia um rocket Soyuz.
Chegados e este ponto, pergunta-se quantas borradas faz o
Governo pelo mesmo mecanismo. No caso do Citius, por exemplo, qual é culpa da
Ministra e qual é culpa de algum director-geral inspirado do Ministério da
Justiça? Antigamente, os directores-gerais eram funcionários aí chegados depois
de longa carreira nos ministérios. Agora, cada vez que muda o ministro, coloca lá
um amigo e o resultado vê-se. Com políticos das jotas e directores-gerais assim, que mais irá nos acontecer.
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