sábado, 20 de setembro de 2014

VER AS ESTRELAS

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Quantas vezes já viu as estrelas? Seguramente muitas, especialmente desde que o XIX Governo Constitucional tomou posse; mas também quando se esquece do Governo e olha para o céu à noite. E quantas estrelas vê nessas noites de esquecimento do Pedrito e do Paulinho? Dez milhões? Um milhão? Meio milhão? Mil? Não sabe? Não me diga que nunca contou as estrelas!
Há por aí campanhas publicitárias, canções  e peças literárias—em prosa e verso—que falam de um milhão de estrelas para aqui, um milhão de estrelas para ali e por aí fora. Mas lamento lembrar-lhe que os publicitários são uns exagerados e os literatos também. Na área do seu horizonte visual podem estar muito mais que um milhão estrelas mas, numa noite escura, sem Lua e sem poluição de fontes artificiais de luz, na melhor das hipóteses uma pessoa com boa acuidade visual pode ver entre 2.000 e 2.500 estrelas. E não vale a pena perder o seu precioso tempo a contar porque é verdade; a menos que a noite coincida com a data em que recebeu o aviso para pagar o IRS. Esse caso é excepção porque a noite está sob influência do buraco negro MF2014, também conhecido por Ministério das Finanças, e o número de estrelas que cada português vê é elevado à décima quinta potência.
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