Passos Coelho não estava bem em exclusividade como deputado
da Nação, mas estava um bocadinho, quase nada, razão porque recebeu uns
dinheiritos devidos àquela qualidade e também porque não tinha a noção de que
estava a violar a lei, caso contrário até teria declarado ao fisco rendimentos auferidos na Tecnoforma, de que entretanto se esqueceu, motivo
porque lhe é impossível esclarecer hoje o sucedido sem auxílio da Assembleia e da Procuradoria Geral, ambas da República, e um caçador tinha um cão e a mãe do caçador era também o pai
do cão. Aí está o que se passou. Não está claro?
Este janota ficou e ficará na minha memória até o pós Juízo
Final—meu e dele—sob a forma de um peralta a declarar, urbi et orbi, que os
pensionista descontaram para ter reformas, "mas não aquelas reformas".
Tal e qual.
O que intriga é ele lembrar-se de quanto descontaram os
pensionistas e não recordar se recebeu dinheirinho indevidamente da Assembleia
da República, se auferiu alguma coisa na Tecnoforma nessa época, e se sim ou
não declarou tais rendimentos ao fisco. O caso é claramente de amnésia
selectiva o que preocupa os portugueses, zelosos com a saúde dos seus
timoneiros. Impõe-se com urgência uma consulta de Neurologia. A terapêutica
incluirá medidas dependentes da causa, mas em qualquer caso passa sempre por
uma corrida em pêlo. Ai passa, passa.
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