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Faz hoje quatro dias que a jornalista Fernanda Câncio
publicou uma crónica no DN sobre a condenação da ex-ministra Maria de Lurdes
Rodrigues. Câncio não se poupa a esforços para demonstrar, com argumentação
"elaborada", que a Justiça em
Portugal cavalga o que chama uma "onda do momento". Resumindo, Câncio
acha que os políticos estão a ser perseguidos e isso vai-se tornando uma moda
perigosa, segundo ela.
Estou de acordo com a jornalista apenas sobre o facto de
que se trata de moda perigosa. Perigosa para os políticos, acrescente-se. Ou
Câncio acha que a contratação de Pedroso pela agora condenada foi um acto de
gestão correcto? Naturalmente, tudo aquilo foi uma fífia tosca de amiguismo e compadrio,
como diz a sentença. Talvez Maria de Lurdes Rodrigues tenha sido "embrulhada",
mas a ministra era ela e, consequentemente, a responsável.
Há em Câncio um viés avinagrado contra tudo que belisque
o Partido Socialista. Não se lhe vislumbra preocupação semelhante quando é a
direita que está em causa. Câncio é parcial
e jornalismo assim é papel sujo. Além do mais, a parcialidade e o viés de
Câncio crescem em progressão geométrica com o aperto do cerco em volta do
Zezito. É nítido.
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