segunda-feira, 15 de setembro de 2014

ACHEGAS

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Leio no jornal que o governo mandou inventariar os suplementos do ordenado dos trabalhadores  do Estado e concluiu que são de 280 espécies e custam 700 milhões de euros por ano. Há de tudo, desde 32.491 euros aos tratadores de canídeos, até 1.496 euros para quem toque sinos ou coloque bandeiras nas cerimónias públicas. Não lembra ao careca!
Mas note-se que na avaliação não contam coisas como, por exemplo e entre muitas semelhantes, a diferença entre o preço real das refeições servidas aos deputados da Nação e o que pagam de facto, bem como o que recebem pela presença em reuniões do plenário e das comissões. São situações em que a remuneração principal corresponde apenas à honra que o titular do cargo dá ao Estado por o servir que nalguns casos é muita. Depois de cumprir essa formalidade majestática, os contribuintes devem pagar aquilo que alegadamente o titular faz, em regra nada ou borradas.
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