Abro o jornal e deparo-me com a imagem e o título
reproduzidos em cima. Fico surpreendido, não pela mensagem, mas por ver
alguém—especialmente o próprio—a procurar transmiti-la. Costa é um dos maiores
melões da História Lusitana.
Até ao derrube de Seguro, Costa era um melão fechado,
mais precisamente, um melão com a boca fechada. Depois abriu a boca e só saiu
água chilra—ideias, nem pevide.
Costa foi um dos mais perfeitos bluffs do Portugal contemporâneo e a pergunta é como conseguiu tal
proeza?
Com muitos anos de vida política, geriu com mestria o silêncio, a
insinuação da ideia, a frase inacabada, o sorriso irónico, a pose de
esclarecido. Genial, mas não chega.
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