sábado, 18 de março de 2017

ZEZITO, O "EMBRULHADOR"

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Segundo a Inspeção Tributária e Aduaneira, o processo da "Operação Marquês" (coitado do Marquês que não tem nada a ver com as trafulhices do Zezito) é de complexidade ímpar, extraordinariamente exigente na obtenção e produção de prova, de dimensão internacional, talvez o maior processo no qual se investigam suspeitas da prática de crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, alguma vez realizado em Portugal.
Se não houvesse outro motivo para Zezito ficar na História — que há, sobretudo esse êxito editorial de Filosofia Política intitulado "A Confiança no Mundo" —, Zezito ficaria a par do Infante de Sagres, que deu a conhecer novos mundos ao mundo. Mas Henrique, "O Navegador", vê-se agora ultrapassado por Zezito "O Embrulhador" (de magistrados e inspectores fiscais).
Henrique, em Sagres, rodeado de mareantes e cientistas, aproveitando a ciência de doutores e a prática de hábeis marinheiros, desenvolveu novos métodos de navegar, desenhar cartas e projectar navios. Muito bom, sim senhor!
Mas nada comparado com o desbravar de novas rotas para a circulação submarina de dinheiro de origem mais desconhecida que as paragens demandadas por Henrique. O Infante descobriu novas derrotas marítimas. Zezito derrotou o Fisco e está em vias de derrotar a Justiça — ainda ontem afirmou, urbi et orbi, que os havia arrasado. Ganda Zezito!
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