Há pouco mais de um mês, num post intitulado "Homo insapiens", escrevi o seguinte:
[...] Hoje, a mão serve cada vez mais— e
quase apenas! — como suporte do telemóvel, ou do smartphone, os
"cérebros" humanos do Século XXI. O homem vai-se
desligando progressivamente de operações mentais como memorizar compromissos,
fazer contas, respeitar normas ortográficas, guardar percepções visuais, saber
"quantos são hoje", qual o dia em que o Benfica joga e com quem,
ou se o Sporting tem menos dez ou doze pontos que o "Glorioso". Se há
dúvidas, é só accionar o "tijolo electrónico" para as tirar em
segundos! Os namorados sentam-se nas esplanadas e o namoro consiste em, cada um
para o seu lado, navegarem por locais diferentes do "éter", seja na
música, nas mensagens de amigos, nas notícias, em álbuns fotográficos, fofocas
e coisas similares.
O conceito original de conviver
implicava proximidade física. Já não é mais assim! Hoje, convive-se com os
telemóveis e smartphones, trocando mensagens etéreas lançadas no
espaço para a torre de comunicações mais próxima, onde aguardam que o
destinatário as receba. Mesmo com duas mãos, o namorado já não consegue segurar
o telemóvel ao mesmo tempo que a mão da namorada! [...]
Hoje recebi um vídeo preocupante porque demonstra que a situação é muito mais grave: além das sequelas cognitivas decorrentes do uso compulsivo do "tijolo electrónico" que referia no post e põem em risco o futuro evolutivo do Homo sapiens, há sequelas afectivas com repercussão no que a vida familiar tem de mais importante. Veja o filme e diga-me se não dá para reflectir!
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(Com colaboração da Teresa)
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