A imagem foi captada pelo astrónomo amador Martin Popek, na cidade de Nýdek,
República Checa, em 2 de Abril passado, durante uma trovoada. Chamam a este fenómeno, identificado há pouco
tempo — não significa que seja novo! — ELVE, acrónimo mais que tosco para a frase Emissions of Light and Very Low Frequency
Perturbations due to Electromagnetic Pulse Sources.
No fim de contas, tudo visto e respigado, é simplesmente uma "faísca"
ou "relâmpago" que, em vez de "cair" na Terra, sobe até à
base da ionosfera e, quando lá chega, o "embate", provoca o clarão cinzento que se vê em cima. Pelo caminho vai ionizando moléculas do ar que emitem luz
com forma de disco voador, ou uma pessegada assim, como se vê na imagem.
O fenómeno é muito difícil de ver; primeiro porque é muito rápido (fracções
pequenas de segundo); e, depois, porque é habitualmente ocultado por nuvens colocadas entre ele e o observador.
Mas se o leitor teve pachorra para ler O Dolicocéfalo até aqui,
provavelmente, também tem para ler mais sobre o ELVE no New York Times aqui —
boa leitura e bom proveito.
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