O Governo quer privatizar a TAP. Acho mal por razões tão óbvias
que nem vale a pena explicar quais são.
Os trabalhadores da TAP não querem a privatização. Acharia
bem se as razões fossem as mesmas que me levam a achar mal.
Mas isso não interessa agora. Interessa é que os
trabalhadores lutam para se opor à privatização de forma asinina. Agora está em
cima da mesa—para usar expressão cara aos jornais—a hipótese de fazerem greve
geral na empresa nos dias 27, 28, 29 e 30 de Dezembro.
Eles é que sabem; mas a continuar nesta via, de facto, não
vai haver privatização nenhuma; pela singela razão de que, quando chegar o momento,
não haverá nada para privatizar a não ser uma companhia falida.
Não sei quem controla os sindicatos dos trabalhadores da TAP,
nem estou interessado em saber. Pelo andar da carruagem, cheira a esquerdalhada
do "quanto pior, melhor". Na hora da privatização, só restará uma
empresa finada, sem direito a funeral por falta de meios. Recolherá ao Teatro
Anatómico para as gerações vindouras estudarem um fóssil do marxismo-leninismo.
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