.
Vasco Pulido Valente escreve hoje no "Público"
um oportuno texto de opinião, intitulado "Brigada do Reumático", que
começa assim:
Um manifesto
assinado por 70 personalidades (de facto, 74) provocou por aí uma grande comoção
jornalística, não se percebe porquê. As ditas personalidades são na sua maioria
políticos reformados, ou, para falar com franqueza, políticos falhados. Nenhum deixou
uma obra que mereça ser lembrada ou que tenha mudado radicalmente o destino do
país. Mas por razões que escapam ao cidadão comum não há um que não se ache
importante na nossa mesquinha vida e não pense que a sua egrégia opinião nos
faz muitíssima falta. Este imaginário sentido da responsabilidade acabou por os
levar a comunicar aos portugueses (cuja idiotia eles tentam corrigir) algumas verdades
práticas de que a Pátria precisa para se salvar. Antes de entrar na matéria,
devemos manifestar a nossa gratidão pela sua sabedoria e pelo inevitável incómodo,
que lhes custou escrever e assinar um papel. [...]
No mesmo jornal, Pacheco Pereira sai em defesa do
manifesto e dos subscritores.
Já descobriu o leitor as diferenças? Não são muitas: Pulido Valente é
objectivo porque se está cagando—e bem—para o Governo e para a brigada do
reumático; enquanto Pacheco Pereira, sendo um homem intelectualmente superior, sofre de dor de corno. Aí está!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário