domingo, 16 de março de 2014

O MANIFESTO ATRASO DE VIDA

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Boa parte das elites políticas, ditas da esquerda e de uma misteriosa "direita", subscreveu o manifesto dos 70, promovido por João Cravinho, um homem a quem Portugal muito deve (a começar pelas PPP).
E se isso ajuda a explicar o gabarito das elites políticas, falta explicar o manifesto, que à primeira vista pede a reestruturação da dívida portuguesa a fim de aliviar a austeridade dos cidadãos, promover o respectivo poder de compra e, afinal, estimular o crescimento e a felicidade geral. À segunda vista, porém, o interesse dos subscritores pelo bem-estar da populaça revela-se um nadinha trapaceiro: o bem-estar que os motiva é o deles próprios, à nossa custa e em nosso prejuízo. [...]

[...] O que é evidente é que o manifesto dos 70 prova a possibilidade de consensos, o consenso em prol do desastre que já sofremos e o consenso rumo a um desastre maior, caso se dê ouvidos aos 70 "notáveis". Notável.
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Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
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