Um dia destes, recebi de um amigo uma lista de princípios
fundamentais para quem vive—os passados já não precisam. Lembrei-me deles
quando lia a "Carta Aberta" do Comendador Marques de Correia no
"Expresso", sobre a escolha do Relvas para o Conselho Nacional do PSD,
eleito pela astronómica percentagem de 18% dos votos expressos—mais do que José
Manuel Coelho—deputado na Madeira em quem votei—na eleição para Presidente da
República de Portugal!
Segundo o Comendador, a escolha do Relvas por Passos
Coelho foi uma táctica, para não dizer estratégia. Com tal opção, Coelho—o Passos,
não o Zé Manel—quer deixar claro que não sabe escolher. Tal e qual. E, como
escolhe mal o Relvas, escolheu o Gaspar, a Maria Luís, o Moedas, a Contribuição
Extraordinária de Solidariedade, o aumento do IRS e rebabá. Não foi por mal;
foi porque nasceu assim, sem o dom de saber escolher, quer ele fazer-nos
pensar. Malandrice!...
O Coelho—o Passos, não o Zé Manel—é um nabo e pensa que nos
engana. Porque está convencido—apesar de só ter feito burrices—que as coisas
estão a melhorar. E não estão (para usar um estilo à Dr. Soares). E é aqui que
entra um dos princípios que referia inicialmente, o Princípio de Tamus Ferradus,
grande pensador do Século XVII. Dizia Tamus Ferradus: "Quando achas que as
coisas começam a melhorar, é porque algo te passou despercebido."
O Coelho—o Passos etc.—é bronco e destituído de
subtileza. Finge que não sabe escolher—malandrice manhosa e careca—e percebe
muito mal tudo desde o dia em que, na "Jota", numa disputa de colar
cartazes, levou uma arrochada na cabeça dum militante do MRPP. Tudo passou a
passar-lhe despercebido; no caso vertente, a trampa em que meteu a Pátria. Resumindo, o Coelho—rebabá—não tem ponta por onde se
pegue. É pior que o Relvas. PIM.
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