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O vídeo em cima mostra o efeito de lente gravitacional
que permite ver corpos celestes muito distantes e sem acesso directo pelos
telescópios convencionais. A conversa do narrador é mais ou menos assim:
Há mais de 400 anos,
Galileu apontou um telescópio primário ao céu e, em poucas noites,
aprendeu mais sobre o firmamento que
todos os seus contemporâneos juntos. A
partir daí, os astrónomos passaram a ter uma obsessão—construir telescópios
cada vez maiores e, até ao Século XXI, o poder da óptica aumentou mais de um
milhão de vezes. Os telescópios cobrem hoje as mais altas montanhas,
espalham-se por desertos, enchem vales e voam no espaço.
Chegados aqui, pergunta-se qual o tamanho possível de um
grande telescópio? Embora custe a acreditar dito assim, esse tamanho pode ser
maior que uma galáxia! Na reunião de 2014 da Sociedade Americana de Astronomia,
investigadores mostraram uma fracção do universo através de uma lente com o
diâmetro de 500 mil anos/luz! Tal lente é, na realidade, o aglomerado de
galáxias conhecido por Abell 2744.
Como teorizado por Einstein, a massa do aglomerado atrai e
amplia a radiação emergente de outros astros que passa na sua proximidade e
concentra-a na Terra. Pode então ser captada pelos telescópios como o Hubble, o Spitzer e o Chandra XR (que
"vê" raios X), conforme o comprimento de onda. Podemos assim observar
galáxias quase do tempo do Big-Bang, cuja radiação só agora chega a nós, depois
de uma viagem de 13 mil milhões de anos através do espaço.
A técnica permitiu encontrar aproximadamente 3.000
galáxias novas, ampliadas 10 a 20 vezes—sem o efeito da lente gravitacional
mostrado no vídeo, quase todas seriam invisíveis. Neste momento, os astrónomos estão a
observar fenómenos muito anteriores à constituição do Sistema Solar, ao
rascunho da Bíblia e até ao Dr. Soares.
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