sábado, 13 de setembro de 2014

É GENÉTICO

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Leio no "Expresso" que um elemento importante do PSD terá dito:  "Costa chega às primárias bem pior do que quando se lançou. Não responde a nada. E o Seguro fala de tudo mas falta-lhe crédito”. Por  outro lado, um elemento do CDS diz mesmo: "Com estes adversários, reféns do passado e sem alternativas, se tivermos juízo e alguma sorte podemos ganhar, seja Seguro ou Costa”. A tristeza é que isto é verdade, embora não interesse, de facto, quem ganha.
Na política portuguesa, mudanças de maioria representam todas mais do mesmo. Tanto dá fulano como sicrano e por isso os eleitores "encheram". O regime está infiltrado por espíritos malignos que vagueiam pelos bastidores do poder para corromper o sistema. E não há coragem, nem vontade, nem competência, para enfrentar o monstro. Passos, Sócrates, Guterres, Durão, Santana e rebabá foram peões de brega para ajudar na lide do Orçamento do Estado, lide levada a cabo pelos interesses económicos e financeiros. A troco de aparente poder, pompa e circunstância, sujeitam-se a cumprir ordens de uns tantos intocáveis plutocratas, mais agiotas que plutocratas. Costa e Seguro não serão excepção, embora este tenha falado já da "velha política que mistura negócios, política, vida pública, interesses, favores, dependências, jogadas e intriga".  Mas falar é uma coisa, agir e combater é outra muito mais complicada, mesmo para quem é sério.
Não conheço suficientemente a história de Portugal para o afirmar, mas suspeito que o problema é cromossómico e sempre foi assim. Como o escorpião que picou a rã que o carregava às costas para não se afogar e se justificou porque era da sua natureza fazê-lo, os políticos também não conseguem impedir-se da fazer fretes ao capital.
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