sexta-feira, 12 de setembro de 2014

FOLLOW THE MONEY

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O Estado Islâmico (EI) é a chaga social e política do momento—uma realidade inenarrável. Os seus militantes são movidos, em graus variáveis,  por ideologia, convicções religiosas, gosto pela violência e poder, e por aí fora. Mas há uma coisa que não pode faltar: o dinheirinho. Há contas para pagar e bocas para alimentar e as árvores não dão notas de banco. Árvore das patacas é metáfora.
Neste momento, parece que o EI dispõe do inimaginável capital de 2 mil milhões de dólares como fundo de maneio. Donde vem tanto cacau? Do Iraque e da Síria, através da exploração de poços de petróleo que estão na área controlada pelo movimento. O petróleo, depois de refinado em unidades móveis, é contrabandeado para a Turquia, Síria, Curdistão e outros países, onde é vendido a preço inferior ao legal. Mesmo assim, as receitas variam entre 1 a 3 milhões de dólares por dia. Adicionalmente, há receitas de impostos, cobrados coercivamente a populações das áreas ocupadas, e de actividades criminosas várias.
Para além das despesas militares, que são muitas, o EI paga ordenados aos membros e colaboradores. Tem contabilidade organizada e há folhas de pagamento. Um tanto é para os colaboradores, acrescido em cada caso de suplementos para o cônjuge, para cada criança e para as filhas solteiras. É também necessário manter as vias de comunicação, para movimentações militares e escoar o petróleo, e outras obras destinadas a manter a operacionalidade—custa tudo muito caro.
Por tudo isto e mais alguma coisa, a luta militar isolada não chega para acabar com o problema chamado Estado islâmico. Como se diz no artigo onde encontrei estes dados, que pode ler aqui, "To Defeat the Islamic State, Follow the Money".  Sem fechar a torneira financeira, o Ocidente não vai lá. A penúria vale mais que muitos milhares de bombas.
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