O Papa
decidiu celebrar casamentos no Vaticano, o que é pouco frequente.
Parece que João Paulo II também o fez em 1994. Desta vez a razão seria diferente,
ou seja, a de casar noivos escolhidos que representam a diversidade dos casais
actuais, incluindo alguns que já viviam juntos, outros já com filhos e por aí
fora.
Não faço juízos de valor sobre iniciativas papais, mas
esta afigura-se-me louvável. As coisas são o que são e a sociedade actual
também. Podia ser assim ou assado, mas não: é o que é.
Falo nisto porque já ouvi referências a vozes
conservadoras da hierarquia comentando criticamente a iniciativa do Papa, defendendo
talvez intolerância e segregação—pouco cristãs, acrescente-se—para quem não
vive de acordo com o que acham situações correctas. De espíritos assim veio
muita asneira da história da Igreja Católica. São os que dizem que os papas
passam mas a Cúria fica; os que acham que Francisco fala como um cura da aldeia,
subentendendo-se que curas da aldeia é gente medíocre; ou, em resumo e sobretudo,
os "Príncipes da Igreja". Não há pachorra.
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