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Cavaco Silva anunciou ontem a data das eleições para o Parlamento, num discurso inesperadamente feliz em que chamou a atenção para a vantagem de maiorias claras e funcionais, inclusivamente com coligações, como acontece por essa Europa fora. O PS não gostou.
Primeiro—pasme-se—porque considerou que Cavaco Silva estava a duvidar da capacidade do PS atingir a maioria absoluta, coisa impensável segundo o Largo do Rato, premonitoriamente assim chamado.
Hoje, esse crânio que dá por António Costa, sobre a matéria aliviou-se como segue: "Tenho hoje a certeza absoluta que o PS terá uma determinação ainda maior do que nunca de vencer com uma maioria absoluta. E também tenho a certeza absoluta que os portugueses que anseiam não só a mudança de Governo, como também uma mudança de políticas, votarão massivamente no PS para que tenha uma maioria que impeça o Presidente da República de não deixar formar o executivo que será escolhido pelos portugueses".
Costa é mais para certezas e maiorias absolutas porque as relativas tiram-lhe o sono. Imagine-se o que será se nem relativas forem do que não anda muito longe!
Cavaco é chato ao vir agora com aquela conversa. É uma matéria que anda a tornar difícil a Costa o pegar no sono. Não acredito que seja praga rogada por Tozé, ou feitiço encomendado por ele a alguma bruxa. Não é homem para isso e Costa não merece—sempre se portou com lisura, observando com zelo os preceitos da ética republicana.
Para mim, tenho que são coisas do sacana do Portas. O Portas é o escárnio da consciência. Se o Portas é português, eu quero ser espanhol. O Portas é a vergonha da intelectualidade portuguesa. O Portas é a meta da decadência mental. E ainda há quem não core quando diz admirar o Portas. E ainda há quem lhe estenda a mão. E quem lhe lave a roupa. Morra o Portas, morra. PIM!
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